Alma de Galpón

Andressa Luçardo Bueno

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

E é “Lá Fora”, Que Eu Me Encontro Aqui Dentro

Bueno, com este título que creio eu, muitos irão se identificar que venho hoje escrever o primeiro texto do Alma de Galpón que agora passa ser o lugar onde irei compartilhar algumas coisas “ minhas” com aqueles que quiserem acompanhar.
Na semana passada fiz uma das coisas que mais me gustam, desliguei-me de algumas comodidades que a cidade a tecnologia me proporcionam e fui passar alguns dias pelo interior da campanha, quando digo isso me refiro ao campo. E digo-lhes, é incrível o quanto o ar do campo, o cheiro do suor dos cavalos e do mato faz bem a uma “Pequeña Flor Campeira”. Tive dias de luxo, sem ter a metade das regalias que a casa da vovó e a vida na “vila” me dão.
Acordava cedito, e já ia cevando um mate e me achegando pra beira da lareira que ficava no centro de um galpão, e ali, posso lhes dizer, tinha como descrever a verdadeira “Alma de un Galpón”. Enquanto mateava e aquecia até a alma na beira daquele fogo mirava lejos e podia ver a cordeirada quase encarangando, os terneiros que ainda cedo foram apartados de suas mães se criando naqueles descampados entre um banhado e outro, como era lindo de se ver os tarrãs, as garças, os joão-grandes habitando aquele espaço que tem eles e somente eles como verdadeiros donos, sem falar nas horas em que os bandos de capincho ligeiramente apareciam e mais ligeiro ainda se atiravam no banhado ao avistar um indivíduo.
Isto é o que realmente me encanta e me atrai...
É incrível como a simplicidade e ingenuidade do campo me acolhem tão bem, acho que o meu lugar é lá.
Me fez bem conhecer um pouco do interior da cidade de Rio Grande.
E por hoje é só, termino com o trecho de uma composição daquele que com suas palavras, miutas vezes faz sentir-me “lá fora”...
“...Quem nasceu para ser perro,
Cimarrón cresce e caminha...
Pelo ouriçado de tempo
Com cicatrizes da rinha
Já que o rigor me rengueia
E ando longe do estrivo
Vou encerrar-me no canto
Onde adormeço inda vivo...”
Feito Alpargata- Lisandro Amaral

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