Alma de Galpón

Andressa Luçardo Bueno

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Uma Prece a Cultura

“Província de São Pedro, República Rio-Grandense, Rio Grande do Sul, assim como preferirem, esse pedaço do mundo onde suas tradições e cultura não são apenas história, é dia-a-dia, é cotidiano, um lugar onde o passado é confundido com o presente, nossa tradição é nossa, sem nenhum um incentivo de outras culturas. Aquilo que é contado nos livros ainda é vivido por muitos e seguirá assim. O contexto cultural gaúcho é diverso, a música, a dança, os costumes, a culinária coisas que não estão só para definir o que um dia foi, são coisas que definem o que é e definirão o que será, pois vivemos cultura. “
Uma das coisas que me encanta por demais é a música nativista, aquela de raiz, e que nos dias de hoje se encontra muito desvalorizada e com pouquíssimo incentivo. Mas, graças a Deus ainda não fez com que isso, que é uma parte da cultura do meu povo, do nosso povo se termine. No momento em que ocorre uma grande festa em comemoração a Semana Farroupilha em todo o Estado e aqui na minha Piratini e tenho o prazer de prestigiar espetáculos maravilhosos merecedores de muitos aplausos, de pessoas que como eu, fazem sua parte para que a nossa cultura não se termine. E infelizmente, nesse meio também se vê, aqueles que somente estão ali por motivos de interesses financeiros pouco se importando com a questão cultural, e estes, ainda abrem a boca pra dizer que estão nesse meio simplesmente por amor “as tradições”. É... Revoltante de se ouvir isso mesmo!
Muitas vezes, quando a cultura gaúcha, é pronunciada na mídia como rádio, televisão, internet é vergonhoso, pois revoltosamente quando chamam alguém para representar nosso estado ao invés de chamarem alguém que saiba realmente o que está representando, chamam esses “gauchinhos de meia pataca” que se quer sabem o que é uma bombacha, nunca encilharam um cavalo, e não tomam nem um chimarrão por medo de queimar a goela!
O que seria da música nativista se não fosse os poucos festivais que ainda existem por aí, onde temos o imenso prazer de satisfazer os ouvidos, escutando algo de fundamento. Estes que passam por diversas dificuldades para que a próxima edição possa sair, tudo isso, por falta de incentivo, de colaboração, de compreensão, e por que não de conhecimento, sabedoria. Mas garanto que se for para organizar qualquer festa com qualquer “Tchê de Merda” pra isso tem incentivo, mas quando o assunto é cultura gaúcha de verdade, a coisa muda de rumo e tudo se torna mais difícil.
Creio que já esteja mais do que na hora de todos que pensam assim como eu não ficarem calados deixando nossa cultura e tudo que ainda temos de bom ir por água baixo. Hoje a internet nos proporciona muitas maneiras de manifesto, que podem contribuir para que saiamos vitoriosos e ilesos dessa nossa Revolução Cultural. O que não podemos é ficar parados e deixar que o pior aconteça.


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